O que eu preciso saber sobre o cadastro de chaves do PIX?

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Novo sistema vai transformar o sistema bancário brasileiro e já está com cadastros abertos

O movimentado noticiário brasileiro passou nos últimos dias a ter uma nova e relevante notícia dividindo espaço com os fatos mais importantes da sociedade: a chegada do PIX, novo sistema de pagamentos do Banco Central que promete substituir o DOC e a TED, principais meios de transferência digital de dinheiro. A autoridade bancária brasileira já autorizou os bancos a realizarem os cadastros das chaves dos usuários.

As chaves são como “apelidos” a serem utilizados por pessoas físicas e jurídicas para transferências entre contas a partir do dia 16 de novembro, quando o PIX entra em operação. O sistema de pagamentos não terá cobrança de tarifas para pessoas físicas, vai funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana e os valores pagos por meio dele caem na conta do destinatário segundos depois.

“O PIX vai tornar muito mais fácil transferir dinheiro. Além de estar disponível a qualquer hora do dia, o usuário vai precisar apenas da chave para identificar o recebedor do pagamento. Hoje, ao fazer um DOC ou TED, você precisa preencher números de conta corrente, agência, nome e CPF ou CNPJ. No PIX, apenas com o CPF, por exemplo, vai ser possível identificar para qual pessoa ou empresa está enviando os valores”, explica o diretor administrativo e financeiro da Unicred Centro Sul, Leonardo de Freitas.

Pessoas físicas podem cadastrar até cinco chaves e pessoas jurídicas têm a possibilidade de registrar 20 no PIX. São quatro categorias: CPF/CNPJ, número de telefone celular, endereço de e-mail ou uma chave aleatória gerada pelo sistema. Cada chave/informação vale apenas para uma instituição financeira. No entanto, se você tem conta em mais de um banco, tem a possibilidade de, por exemplo, cadastrar o CPF em um e o número de celular em outro.

“O PIX vai gerar uma mudança bem significativa no mercado. No médio prazo, tende a substituir boletos, DOC, TED, inclusive o cartão de débito, além de ajudar a diminuir a necessidade de circulação de dinheiro em papel. Será uma mudança positiva para os clientes ou cooperados e também as instituições financeiras porque as operações serão mais ágeis e o custo operacional vai diminuir drasticamente, já que estima-se o valor de R$ 0,01 a cada 10 PIX”, aponta Freitas.

Portabilidade

Os clientes que optarem por encerrar a conta no banco, trocar de telefone celular ou e-mail utilizados para o PIX vão poder pedir a portabilidade das suas chaves. Todo o processo será via aplicativo das instituições financeiras.

Cuidado com os golpes

Em poucos dias da liberação do início dos cadastros de chaves para o PIX, ocorrências de tentativas de golpes já estão sendo registradas, com pessoas atuando em contatos por e-mail ou telefone. Por prevenção, o principal a se fazer é ter em mente que cadastro do PIX só se faz via aplicativo do banco. “Instituição financeira nenhuma vai ligar para seus clientes oferecendo ajuda e fazer isso por telefone. Toda comunicação vai direcionar o cliente a procurar o aplicativo e ele próprio vai fazer o processo. Jamais informe seu usuário e senha por telefone”, enfatiza o diretor administrativo e financeiro da Unicred Centro Sul.

João Pedro Alves
Coordenador de Redação
Alfa Comunicação e Conteúdo
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