Com foco em inovação e soluções para as cidades do futuro, a quarta edição do InovASCEA reuniu estudantes e profissionais em um ambiente dedicado ao aprendizado e às ideias transformadoras. O evento, que aconteceu no CRIO, é promovido pela ASCEA (Associação Sul Catarinense de Engenheiros e Arquitetos) com patrocínio do CREA-SC e CONFEA.
Na sexta-feira (13) a programação contou com palestras, workshops, avaliação dos cenários e mapeamento de oportunidades. No sábado (14), as oito equipes formadas durante o hackathon passaram por mentoria, processo de ideação, criação do modelo de negócios, montagem do pich e apresentação final.
Segundo Flávio Shäfer, superintendente do CREA-SC, somente no primeiro semestre, o Conselho investiu mais de R$ 2 milhões em ações como estas, que promovem discussões sobre inovação. A ideia é dobrar esse valor até o final do ano. “A inovação, de forma geral, é disruptiva, e é isso que buscamos incentivar. Defendemos o uso de tecnologias que melhoram os processos e essa abordagem tem aproximado e atraído os profissionais para eventos como esse. O profissional do futuro é assim, mais conectado, mais preparado e valorizado”, explica Flávio.
Para a presidente da ASCEA, Franciele Burato, tecnologias como Inteligência Artificial, que foram o foco do hackathon, já fazem parte da realidade dos profissionais de engenharia e a ideia é que, cada vez mais, sejam utilizadas para otimizar processos e entregar melhores resultados. “A proposta é ampliar o acesso a metodologias e ferramentas que já estão impactando o dia a dia, por isso, a necessidade de estarmos atentos e conectados a estes movimentos”, destaca.
A estudante de Engenharia Civil, Alice Colle Venâncio, participa pela segunda vez e destaca a importância do tema para o presente e o futuro da profissão. “Especialmente na nossa área, não dá mais para ficar restrito ao papel e à caneta. Precisamos nos atualizar com tecnologias que oferecem inúmeras vantagens, tanto para a formação dos estudantes quanto para o avanço da sociedade como um todo.”
I.A e inovação no centro das cidades do futuro
Os oito grupos formados durante o hackathon desenvolveram ideias que foram avaliadas com base em critérios como inovação, criatividade, impacto nas cidades inteligentes e viabilidade de implementação. Além disso, elas precisavam estar alinhadas a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O primeiro lugar ficou com a EcoCharge que apresentou a proposta de acelerar a transição para a mobilidade elétrica em Criciúma. A proposta é criar um ecossistema completo de infraestrutura de recarga para veículos elétricos. A equipe foi premiada com R$ 3 mil.
O segundo lugar, com a premiação de R$ 1,5 mil, foi para a equipe Via Fluxo que desenvolveu um projeto voltado para melhorar o trânsito em cidades com mais de 100 mil habitantes. Um dos integrantes, Jefferson de Faria, engenheiro agrimensor participou pela primeira vez e aprovou a dinâmica do evento e as oportunidades de networking. “A Inteligência artificial tem várias ferramentas que podem ser usadas dentro das engenharias e eu procuro me atualizar sempre, como um diferencial para estar à frente do mercado”, destaca.
O terceiro lugar foi para EVAC-IA, um sistema que combina tecnologia avançada com inteligência artificial para monitorar enchentes e transformar a forma como os desastres naturais são enfrentados. Segundo Fabio Feltrin Fabro, integrante da equipe, engenheiro agrônomo e tesoureiro da Ascea, o evento ganha força a cada ano ao incentivar a criação de iniciativas que possam melhorar o dia a dia da população. “Desde a primeira edição, o foco tem sido promover soluções inovadoras para cidades inteligentes. A ideia é pensar em estruturas que facilitem a vida das pessoas, com serviços essenciais e acessíveis”.