Quatro gerações reunidas na empresa: Saiba como o Endomarketing pode ajudar a manter a harmonia no ambiente de trabalho

Se você é de Criciúma e região, certamente já ouviu falar sobre a Expomais e sobre o quanto este evento tem se tornado referência por apresentar conteúdos sobre tendências e inovação. A edição de 2023 aconteceu no início de outubro trazendo diversos cases interessantes e palestrantes reconhecidos nacionalmente. De tudo o que consegui acompanhar, faço um destaque à palestra do Dado Schneider, especialista no comportamento das novas gerações e estudioso das mudanças que essas relações causam nos ambientes corporativos. Ele comentou que, devido à evolução das tecnologias e da medicina, as pessoas que nasceram a partir da Geração X devem ter a expectativa de vida elevada para além de 100 anos. Automaticamente, se vivermos bem até completarmos esta idade, trabalharemos por bem mais tempo do que acontece atualmente e o resultado será a presença de até seis gerações reunidas em um mesmo ambiente de trabalho.

Já se imaginou trabalhando ativamente aos 80 anos? Parece algo impensável, mas confesso que gostaria de estar viva para acompanhar esta mudança.  Também me pergunto se as empresas estarão aptas a lidar com tamanha diversidade geracional, já que atualmente, fazer com que quatro gerações convivam harmoniosamente em um mesmo ambiente já é um grande desafio.

Não podemos evitar as transformações que estão previstas para acontecer nos próximos anos, mas enquanto o futuro não chega, podemos pensar em criar alternativas para  tornar os dias atuais mais receptivos aos profissionais, tenham eles 18 ou 50 anos. Aliás, a Comunicação Interna e o Endomarketing podem ser grandes aliados da área de gestão de pessoas para criar esse contexto, conforme as dicas que separamos:

  1. Campanha de conscientização sobre diversidade e inclusão

Lidar com a diversidade geracional é essencial para o sucesso de qualquer empresa, pois diferentes gerações trazem perspectivas, habilidades e experiências únicas. Promover uma cultura inclusiva, criando um ambiente onde todas as gerações se sintam valorizadas e respeitadas, é o primeiro grande passo para ajudar os profissionais de todas as idades a conviverem em harmonia. Além de contribuírem para a criação de ideias inovadoras que podem solucionar problemas do negócio ou torná-lo mais eficiente. Uma campanha pode ser desenvolvida para que a cultura seja iniciada e depois, novas ações podem ser feitas para fixar e fortalecer as ideias sobre diversidade e inclusão.  

Liderança inclusiva: Os líderes devem servir de exemplo e demonstrar um compromisso claro com a inclusão. Eles devem promover a diversidade em todas as decisões e práticas de gestão.

Política diversidade e inclusão: Uma política bem definida sobre o tema, que combata a discriminação e o assédio e promova a igualdade entre os colaboradores é uma ferramenta importante para que este processo seja bem estabelecido na empresa.  

Treinamentos e rodas de conversa: Criar ambientes seguros para que os colaboradores sintam-se à vontade para falar o que sentem e fazer perguntas; incentivá-los a ter empatia e se colocar no lugar dos outros; apresentar histórias reais que mostrem situações de desafios relacionados ao tema são formas de manter o assunto sempre vivo. Levar especialistas para falar sobre o tema também é uma boa iniciativa.

2. Grupo de afinidades e troca de experiências

Os mais velhos não entendem o comportamento dos mais jovens e os mais jovens estranham a formalidade com que os mais velhos se relacionam. A criação de comitês ou grupos de afinidades pode ser uma alternativa bastante positiva para estimular o envolvimento dos colaboradores com o tema e reduzir cada vez mais a distância entre as gerações. Estipule algumas regras e orientações para a formação do grupo e crie, de forma colaborativa com os participantes, um cronograma de encontros, temas para discussão e ações para serem colocadas em prática.

3. Fortalecer a comunicação inclusiva

A Comunicação Interna é a grande aliada para reforçar e divulgar a política de diversidade e inclusão. É importante produzir conteúdos com linguagem adequada para que todos entendam e sintam-se parte da empresa.  Conhecer bem a equipe, estar ciente das diferenças – de idade, raça, gênero e culturas – é essencial para manter a comunicação acessível e respeitosa, assim como criar canais de escuta ativa para conhecer a realidade dos colaboradores.

4. Mostra de talentos e artes

A arte tem o poder de conectar as pessoas. Realizar uma mostra de artes e talentos pode ser uma forma bastante positiva de reunir pessoas com interesses em comum. Além disso, a ideia ainda estimula a criatividade e o lazer no trabalho, tornando o ambiente mais leve e descontraído.

Sobre as gerações:

Baby boomers –  nascidos entre 1945 e 1964  (entre 59 e 78 anos)

Viveram o período pós-guerra, bastante difícil em todo o mundo. Em geral, criados com bastante rigor e disciplina e priorizavam a estabilidade – pessoal e profissional. Passaram pelo período de evolução tecnológica, acompanharam a chegada de todas as novidades, mas possuem alguma dificuldade com elas.  

Geração X – 1965 e 1981 (entre 42 e 58 anos)

Encontrar um bom emprego era o principal objetivo, mas também um grande desafio.  Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as pessoas dessa geração dão valor ao diploma formal, à capacitação e à estabilidade profissional.

Geração Y (millenials)- 1982 e 1994 (entre 29 e 41 anos)

Nasceram na era da informática e globalização, os primeiros a ter a tecnologia mais presente no dia a dia. Acompanharam o fim da era analógica e viram a internet tomar conta do mundo inteiro.  Já não se importam tanto com a estabilidade, mas sim com a paixão e vivenciar boas experiências.

Geração Z (centenial) – 1995 a 2010 (entre 13 e 28 anos)

Já nasceram na era dos tablets e celulares, portanto, é uma geração marcada pela internet. São considerados nativos digitais, possuem domínio da tecnologia e são imediatistas e multitarefas. Estilo de vida marcado pelos youtubers e tiktokers.

Geração Alpha – 2010 a 2025 (menos de 13 anos)

São curiosos, independentes e hiperconectados. Ainda não chegaram ao mercado de trabalho, mas em breve iniciarão a trajetória profissional e estarão aptos a encarar as novas profissões que devem surgir nos próximos anos.

Artigo por Tatiani Longo.

Alfa Comunicação e Conteúdo

Pesquisar

Categorias

 

Recentes