Uma instituição nascida no Sul de Santa Catarina levará a voz do microcrédito produtivo e orientado brasileiro a um dos maiores eventos sobre mudanças climáticas do planeta. A Credisol Microcrédito Brasil foi convidada e estará presente em dois momentos da Conferência das Nações Unidas COP30, que ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará.
O primeiro será o painel internacional “Microfinanças e clima”, promovido pela Associação de Microfinanças do Azerbaijão, país que sediou a última edição da conferência. O encontro reunirá representantes de governos, fundos de investimento e instituições financeiras de diversas partes do mundo no dia 14. Na pauta, como as microfinanças em geral, e o microcrédito produtivo em particular, podem se tornar uma ferramenta concreta de adaptação, mitigação e resiliência às mudanças climáticas, especialmente junto às populações mais vulneráveis.
O microcrédito é uma ponte entre as metas globais e as realidades locais. Nosso papel é fazer com que essa agenda chegue de forma simples e prática aos microempreendedores, que são a essência da economia real do país. “Na COP30, vamos compartilhar a experiência da Credisol no apoio a microempreendedores populares, mostrando como o microcrédito produtivo e orientado já contribui de forma direta para o fortalecimento do trabalho, renda e da dignidade das pessoas, reforçando nossa atuação alinhada ao ODS 8 da ONU, que trata do trabalho decente e do crescimento econômico. ” destaca o gerente executivo da Credisol, Eduardo R. Manenti.
Além do painel do Azerbaijão, a instituição também participará de um segundo encontro, no dia 18, desta vez no estande oficial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o principal banco de fomento do Brasil. Conforme o coordenador de ESG da Credisol, Stefano Antônio Mattei, a presença conjunta reforça uma parceria construída ao longo dos últimos anos e o reconhecimento do papel da instituição como agente estratégico de inclusão produtiva, geração de renda e desenvolvimento sustentável.
“Costumamos dizer que ajudamos o BNDES a chegar mais perto das pessoas, unindo o ‘N’ de nacional com o ‘S’ de social. Essa participação é uma forma de mostrar que o enfrentamento às mudanças climáticas também passa pelo fortalecimento das economias locais. Quando apoiamos pequenos empreendedores, estamos ajudando a manter renda, produção e empregos em cada território”, explana.
Microcrédito e sustentabilidade, o Brasil como exemplo prático
Durante a COP30, a Credisol apresentará exemplos reais de como o microcrédito produtivo e orientado tem se conectado à agenda climática. Entre os destaques estarão as ações de apoio a clientes afetados por desastres climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024; a expansão recente para a Amazônia, voltadas a microempreendedores urbanos, comunidades ribeirinhas e avaliação de apoio futuro a comunidades indígenas; a parceria com o fundo internacional Oikocredit, que atua globalmente promovendo desenvolvimento social por meio das microfinanças, entre outros.
A participação da instituição se dará em dois espaços oficiais da conferência, a Blue Zone, área de acesso restrito da ONU voltada às negociações internacionais, e a Green Zone, espaço aberto ao público, coordenado pelo Governo Federal e voltado à sociedade civil e instituições de impacto social. “Estar na COP30 representa o reconhecimento de uma trajetória dedicada à inclusão produtiva e ao desenvolvimento local. Queremos aprender, trocar experiências e mostrar que esse segmento faz parte da solução para um futuro mais justo e inclusivo”, comenta Manenti.